Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2013

            Tu quoque Italia? É isto que devem estar a pensar, em Alemão claro, os grandes impulsionadores do consenso austeritário de Bruxelas, de Berlim e de Frankfurt, em face da recente ‘quase comédia Italiana’ (a feliz expressão é do Gabriel). Estarão certamente muito incomodados pela maçada que são as eleições e pelo incómodo que dá de cada vez que os eleitores de um país exprimem, pelo seu voto, que não é este o caminho que querem, por mais que o tentem impor.

 

            Já muito, e bem, se tem escrito sobre estas eleições Italianas, como este e este posts, com que o Pedro Delgado Alves marca a sua reentrada (meteórica, digo eu) na blogosfera, ou este, do Daniel Oliveira. Mas acho que há duas ou três coisas dignas de nota, e acho que há implicações importantes que se podem ver, agora que temos uma maior amostra de resultados eleitorais no actual contexto de austeridade.

 

            Com estas eleições acho que podemos começar a estabelecer aquelas que parecem ser as tendências comuns que se observam. Antes de mais, verifica-se uma queda acentuada dos partidos da alternância, principalmente dos maiores, isto parece estar a acontecer generalizadamente na Europa e não só nos países sujeitos à austeridade. Esta descida dos partidos do poder é acompanhada por uma subida significativa de partidos anti-sistema (apesar de tudo de uma forma diferente na Itália, mas já lá vamos). Mas há um cenário novo nestas eleições, elas foram as primeiras em que o líder tecnocrata de um governo ‘Troikista’ se candidata a eleições e a sua rejeição por parte dos eleitores foi clara. Os eleitores Italianos (e talvez se possa extrapolar para o caso geral, uma vez que a não candidatura do governo tecnocrata Grego se deveu a, aparentemente fundados, receios de insucesso) parecem preferir os populismos anti-sistema aos tecnocratas recomendados pelo governo Alemão e pelo BCE, tal como parecem rejeitar completamente o caminho de austeridade, mesmo na sua versão ‘light’ do Governo Monti.

 

            Estas eleições apresentam também algumas singularidades. Para começar e ao contrário da Grécia, de Portugal, de Espanha, da Irlanda e da generalidade dos países Europeus, a Itália não tem uma Direita, digna desse nome, com expressão eleitoral. Longe de mim defender a necessidade do reforço de gente que pensa como Passos Coelho ou mesmo que pense como direitas mais razoáveis que há por aí na Europa, mas isto não deixa de ser um problema. No actual cenário eleitoral, não se podendo contar com a lista de Beppe Grillo (como de facto não se pode) seria necessário que o maior partido da oposição (neste caso de direita) fosse alguém com quem é possível haver compromissos, com Berlusconi não é. Berlusconi é um populista que defenderá o que for preciso para ser popular e ganhar eleições e isso pode ser um problema para a estabilidade política Italiana e para a Europa. Agora isso mostra-nos uma coisa, Berlusconi faz isto à primeira oportunidade porque não tem verdadeiras convicções que não seja a convicção de que ele quer ter poder mas, mais cedo ou mais tarde, qualquer partido que não desejar implodir e que enfrente eleições terá de defender, pelo menos, um aliviar das políticas de austeridade.

 

            Outra diferença em relação ao caso Grego, que não sendo exclusiva da Itália ainda não teve noutro lugar tanta expressão, é o facto de o lugar de partido anti-sistema ser ocupado pelo movimento de Beppe Grillo e não por partidos situados nos extremos do espectro político (ou não assim tão nos extremos, mas com essa conotação, como no caso do SYRIZA). Isto, parecendo que não, é significativamente melhor do que viver sob a ameaça de uma qualquer Aurora Dourada. É certo que este tipo de movimentos apresenta também perigos, no seu discurso anti-partidos e na fraca consistência das suas propostas (quando esta existe de todo), mas é reconfortante perceber que o que as pessoas procuram é de facto um voto de protesto e uma censura à forma actual de fazer política. Quando elas se refugiam em perigosos, e oportunistas, movimentos de extrema-direita (ou de extrema-esquerda, onde os houver) fazem-no apenas porque as restantes opções de protesto estão esgotadas. Agora resta-nos saber qual será a prestação destes partidos anti-partidos (irónico, não?), se irão estar à altura da importância que os eleitores lhes derem e, caso não estejam, qual será a reacção das pessoas perante essa desilusão.

 

            Aquilo que os ‘Troikos’ parecem ainda não ter percebido, dado o que temos assistido nos últimos meses e tudo o que estas eleições Italianas parecem confirmar, é que a austeridade, por onde quer que passa, destrói todas as condições para a sua continuidade. Pela profunda injustiça na repartição dos sacrifícios, pela irracionalidade, não só dos objectivos, como mesmo das propostas e pela profunda falta de esperança e de desígnio a austeridade corrói as sociedades e gera um justificado descontentamento. Mas a questão é pior do que simplesmente impedir a reeleição das maiorias que aplicam este programa neoliberal. Nos últimos dois anos já caíram dois governos que tinham condições de governabilidade que foram destruídas. Não só as maiorias que impõem esta solução têm dificuldades em serem reeleitas (mesmo nos casos em que antes representavam 70% dos votos, como na Grécia) como a deterioração do clima social e político é de tal ordem que governos aparentemente duráveis não o são. E este facto, parecendo que não, muda tudo!



publicado por Gonçalo Clemente Silva às 01:43 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quarta-feira, 27 de Fevereiro de 2013

 

Que mundo selvagem este onde nos querem impelir a aceitar uma condenação perpétua à plutocracia. O governo dos mercados e dos grandes interesses económicos. Um pesadelo assente na austeridade indefectível, inabalável e sem alternativas, onde a operacionalização do conceito de demos foi corrompida e transformada num enorme teatro onde o leque de escolhas parece agora limitado à barbárie dos números. Tudo vale, se a emissão de dívida comporta menos um ponto percentual, se o banco se mantém e se o regime vigente se eterniza. Tudo vale, como prova a crua realidade do mundo pós-subprime.


Na verdade, os factos falam por si. Será possível que a concepção de poder ascendente esteja de tal forma diluída nos anais da história, que aceitamos um triunvirato que governe e desgoverne a seu bel-prazer sem o mínimo de responsabilidade? Impingem-nos cortes, refundações e reformas sem legitimidade democrática e a sua solução é apresentada como a salvação para o busílis da dívida. Mas que dívida, se nem a apresentam? A nossa ou a do BPN, a do BPI, a do Banif e a do BCP, entre outros que verdadeiramente vivem acima das suas possibilidades e responsabilidades? Afinal de contas, quem mandatou estes burocratas do aparelho para optar por um modelo social e económico que somente origina desemprego, precariedade e pobreza? Foi assim em todas as intervenções externas que ocorreram e das quais há memória colectiva. Os beneficiários são aqueles que aparecem na lista FORBES e que aumentam as fortunas e as instituições ou organizações que duplicam o lucro com base na especulação, na crise das dívidas soberanas e nas oferendas de governos e troikas, quais deuses pagãos. Mesmo em tempo de depressão económica profunda, assinale-se.


A horizontalidade não serve só para a estrutura accionista e nenhum povo é lixo. Não houve um único cidadão nem uma única cidadã que tenham escolhido democraticamente uma sociedade onde a política se ajoelhe perante a soberba da finança privada. Temos de sair à rua no dia 2 de Março e provar a toda esta classe, qual chorrilho de ofensas à dignidade humana, que entre a distopia e a democracia há muito que fizemos uma escolha: o povo é quem mais ordena.





Também presente em: www.queselixeatroika.net



publicado por Frederico Aleixo às 02:09 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2013

A Democracia, ela mesma, através da sua expressão mais directa, transformou-se com o tempo, em Itália, numa comédia de si própria.

 

A partir de hoje tem um comediante verdadeiro, escolhido em casting bastante alargado, para desempenhar um texto dramático, no palco italiano, com previsível digressão europeia.

 

Nós europeus, assistimos sem aplausos ou apupos, expectantes pelo fim da peça.



publicado por Gabriel Carvalho às 03:06 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Sábado, 23 de Fevereiro de 2013

     Falar do Zeca é lembrar um percursor da resistência e o génio da música Coimbrã. Falar do Zeca perante um país amordaçado, é, sobretudo, revisitar a mensagem libertária que nos pode dar uma vitória. E eu quero falar-vos do Zeca em nome da nossa resistência colectiva.

     Vivemos em Democracia há 39 anos, mas há 26 que perdemos um dos seus criadores. Talvez importe sabermos o que perdemos para o podermos recuperar. O Zeca, amigo de quem nunca recebi um abraço (exceptuando, por miragem claro, nas longas noites dos belos tascos de Coimbra), não poderia ter sido mais fraterno para comigo: ouvir as suas canções é um abraço suficientemente forte. E pergunto-me: será o Zeca substituível pelas suas canções? Penso que a resposta está dentro de nós. Se cantarmos em vozes isoladas, o Zeca estará longe. Se cantarmos todos juntos, em uníssono, certamente estará próximo. E é aqui, sim, aqui neste ponto, que está a essência do Zeca. Esse sentimento presente no seu esplendor de desvalorização por um estádio moral e ético que nunca quis ocupar é aquele que nos motiva a elevá-lo contra a sua vontade. De quem nunca precisou do paternalismo como característica de afirmação de uma vontade precisamos nós. Que saudade é esta por uma busca de algo maior que nós? Algo que nos transcende como uma explosão, que nos eleva em comunidade ao mais bonito dos sonhos.

     Era uma vez o Zeca. Ao contrário de outros, ele continua vivo nas nossas memórias. E o Zeca, hoje, está mais vivo que ontem. Respeitando a última das suas vontades, cantemos: "Ergue-te ó Sol de Verão/ Somos nós os teus cantores".

 

 



publicado por Rui Moreira às 22:18 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2013

A polémica das manifestações ao canto de «Grândola, Vila Morena», interrompendo as intervenções de governantes é paradigmática do momento que vivemos e da Democracia em que convivemos. O momento é de crise financeira, económica, social, do valor da dignidade humana, da integração europeia e da Democracia, e em todos estes vectores é profunda.

 

No que concerne àquela última, a crise da Democracia, radica talvez na ausência de respostas das instituições democráticas aos problemas das populações, na dificuldade de órgãos de soberania e partidos políticos compreenderem as aspirações da sociedade, e encontrarem soluções adequadas e sensatas.

 

Tenho lido e ouvido algumas opiniões, todas respeitáveis, sobre o que agora chamam tentativa de silenciamento do que chegou a Ministro, e agora aspira a mártir da liberdade de expressão, Miguel Relvas, e devo dizer que algumas me deixam perplexo, por não reflectirem o confronto democrático de direitos, liberdades e garantias do conjunto do Estado. De um Estado também composto por uma população.

 

Leio e ouço a eloquência na afirmação da inaceitabilidade daquilo a que chamam tentativa de silenciamento de Miguel Relvas, pergunto-me se sabem eles o que é silenciamento? Tratou-se do impedimento ao uso da palavra em determinado momento e espaço de tempo, é certo, e também é certo que foi limitada a liberdade de expressão, assim como vêm sendo limitados alguns dos direitos, garantias e liberdades de quem se manifestou naqueles momentos determinados, estivessem eles nos espaços em que ocorreram os incidentes, ou mesmo no sofá de cada casa portuguesa. Conjuguemos portanto as duas faces da mesma moeda.

 

Acrescentaria apenas que gostaria de ter assistido nos momentos certos, e por parte de algumas dessas opiniões, à mesma eloquência e contundência na denúncia do caso Pedro Rosa Mendes, na chantagem sobre uma jornalista do Público, nos excessos da Polícia de Segurança Pública (P.S.P.) da escadaria da Assembleia da República até ao Cais do Sodré, ou mais recentemente na identificação levada a cabo pela P.S.P., dos que se manifestaram cantando, no local onde intervinha Paulo Macedo. Queiramos ou não, todos estes e outros acontecimentos estão ligados a estas manifestações, e não devem ser dissociados na avaliação destas, tal como a governação não pode ser dissociada da população que serve.

 



publicado por Gabriel Carvalho às 23:52 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2013

A reflexão sobre o tempo presente e o futuro que os acontecimentos desencadeiam, deveriam impor a sensatez, a governados e governantes. A mesma que leva alguns a lembrar o primado do direito à liberdade de expressão, no caso das interrupções às intervenções de Miguel Relvas, a quem é subtraído esse direito. Esse é um princípio inalienável a qualquer cidadão, estando ou não no exercício de funções públicas, e no caso é um membro de um governo eleito democraticamente.

 

Mas, e há sempre um mas, como em muitos casos há um se, esse direito entra em conflito com outros direitos, também e por enquanto inalienáveis, e entre eles o direito à manifestação e se quisermos o direito à resistência. Referido (mas não decretado) o Estado de excepção, para legitimar o confisco e retirar direitos de trabalho e à dignidade humana; não sendo proporcionado o direito de voto para a escolha de um novo governo – seguro apenas pela solidariedade que o exercício do poder proporciona ao grupo restrito solidário; e no âmbito dos órgãos que completam o Estado, haver um Tribunal Constitucional em falência, e falida a Presidência da República, resta legitimamente o direito à manifestação popular.

 

Pensar que a «Gândola, Vila Morena», com todo o seu significado, e as palavras de ordem se dirigem apenas ao “bode expiatório” Miguel Relvas e suas polémicas, é não compreender a dimensão da realidade, e como diz a canção Talkin’ Bout a Revolution, de Tracy Chapman:

 

Enquanto estão parados nas filas da segurança social

Chorando nos degraus das portas daqueles exércitos de salvação.

 

Perdendo o tempo nas filas dos desempregados

Sentados ali à espera de uma promoção.

 

Não sabes?

Que estão a falar de uma revolução?

E soa como um murmúrio.

 

 



publicado por Gabriel Carvalho às 15:41 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2013

Numa História sobre a Justiça em Portugal ainda estaria por apurar se houve algum momento da longa vida do nosso país em que, regra geral, dentro dos quadros legais e dos costumes morais vigentes em cada época, houve uma verdadeira Justiça que servisse o povo. Uma Justiça enquanto tal, mesmo que adstrita às leis dos homens e resultante dela. Uma Justiça justa e não certa, porque é mais fácil fazer o que é justo do que o que é certo.

 

Certamente que, percorrendo o quadro geral dos séculos, determo-nos-emos com mais rigor no pós 25 de Abril, já que foi com esta data, em 1974, que a cidadania se afirmou contra os poderes oligarcas, fossem eles dos detentores dos poderes públicos ou privados. Chegados aqui as coisas compuseram-se de uma maneira que os nossos avôs dificilmente conseguiriram imaginar. O poder público, unido com o poder cívico, criou escolas públicas, saúde gratuita e universal, serviços públicos mais ou menos burocráticos mas funcionais, um corpo de tribunais descentralizado em que, todos em conjunto, propiciaram a entrada de Portugal na modernidade. no fim do Século passado eramos já um país desenvolvido, em progresso, a crescer civica, cultural, social e economicamente.

 

Os últimos anos, porém, parecem ter parado esta marcha de Portugal. Perdoe-se-me a alegoria automobilistica, mas de marcha atrás, continuamos a fitar o futuro porque temos esperança, mais nada. Estamos mais longe do que quando nascemos, porque nunca estivemos tão descrentes. A condução das políticas no nosso país nos últimos anos tem sido a causa principal deste recuo. Não estamos a falar de medidas, mas de uma visão estrutural que o capital tem aplicado, com sucesso diga-se, em todos os países onde pode. Acontece que o poder político público existe para nos salvaguardar das injustiças cometidas por quem pode mais, e nesse sentido nunca Portugal foi um país tão injusto, porque nunca o poder económico foi tão poderoso. Estando todos nós à mercê do grande capital e das grandes corporações económicas e monetárias internacionais, não havendo entre elas e nós um poder protector que realmente sirva quem manda (i.e. nós o povo), a única coisa que podemos fazer é, efectivamente, soltar a Grandola que há dentro de nós, ir para a rua, exigir, gritar, ordenar. Por que estamos nús em sangue, como dizia Sophia. 



publicado por José António Borges às 22:07 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sábado, 16 de Fevereiro de 2013


Antes dos conjurados nobres e das reuniões no actual Palácio da Independência, já a classe popular se tinha levantado contra o domínio iníquo dos Habsburgo. Depois do motim das maçarocas no Porto em 1628, uma revolta eclodiu a 21 de Agosto de 1637 em Évora. Por pouco não antecipou a restauração.

Ainda assim, o povo percebeu que unido poderia fazer frente a qualquer poder vigente e opressor.







publicado por Frederico Aleixo às 23:36 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sexta-feira, 15 de Fevereiro de 2013

Havia uma casa abandonada nos arredores de P. Uma casa grande, apalaçada, de inícios do Século XX. Os espaços abandonados exalam um qualquer odor de chamamento que nos leva a saltar muros e, por vezes, a forçar janelas. Acontece que as portadas da cozinha, no rés-do-chão das traseiras, encontravam-se abertas, e os vidros partidos permitiram-me abrir a janela sem causar estertor em volta. Apenas os melros que circundavam haviam levantado voo com a minha chegada. No interior, uma casa grande de estuques ricamente trabalhados mas perfeitamente abandonada, vazia, velha e desinteressante. Só no primeiro andar, numa divisão com vitrais a deitar cores bruxuleantes pelas estantes, livros e livros esperavam a minha chegada. Os herdeiros, ricos economistas e consultores da capital, lá longe, haviam feito a selecção do que eles eloquentemente apelidaram de bens fungíveis, esquecendo-se propriamente dos únicos objectos que sendo valorizáveis não tem preço. A propriedade há-de ser sempre o roubo. Menos quando é resgate. Quando aqueles homens britânicos caminhavam entre os escombros e destroços da biblioteca da Holland House de Londres depois dos bombardeamentos alemães, o que eles verdadeiramente faziam era continuar a civilização depois da barbárie. Todo o tempo tem o seu modo. Neste, que é o nosso, a caridade não é o caminho, antes o resgate. O resgate pelo único princípio de que a cultura e, com ela, a literatura, sempre terão quem as livre do fogo. Agora sim, a casa está vazia. Agora sim, a casa pode ruir.


*Publicado na revista Ler deste mês de Fevereiro de 2013



publicado por José António Borges às 19:31 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2013

Ao que disse o ainda recente ex-Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, pouco há a acrescentar.

 

O ridículo de haver um “polícia” à porta de um estabelecimento a dizer “Mostre lá o recibinho!?”, diz o que falta daquilo em que querem transformar este país. Um Pedro, um Vítor, um Paulo e um Miguel em cada esquina, e os seus quadros de olhares inquisidores em cada sala.

 

"O cobrador de Impostos" de Pieter Brueghel II, o jovem, 1616.



publicado por Gabriel Carvalho às 19:56 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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