Digno das melhores referências em matéria de independência, Cavaco Silva propõe aos portugueses estudar profundamente o Orçamento Geral do Estado para o ano de 2013. Os anunciados "profundos estudos jurídicos" de que se vai munir, revelam-nos que as suas convicções ficarão enterradas (para quem ainda acreditar que Aníbal tem convicções sociais acima dos seus interesses corporativos).
A moralidade de Cavaco Silva nunca foi muita e, no final deste processo, será mesmo nula. Resta-nos esperar que o Tribunal Constitucional se substitua à condicionada presunção de inocência de Cavaco relativamente a este Governo. Se, ainda assim, a superior magistratura da Nação decidir abdicar dos seus deveres de cumprimento da lei constitucional, o que devemos esperar do providencialismo institucional da nossa Democracia? Muito pouco. Talvez nada. E pergunto-me então: qual será o papel das Forças Armadas perante o regular funcionamento desta política orçamental?