Este Governo tem como principal objectivo combater o povo português. O fresco aviso de confisco de salários no próximo ano é apenas uma pequena parte da descapitalização em curso, secundarizando-se na importância a venda a retalho de todo o património público que presta tarefas fundamentais ao funcionamento de toda a estrutura do Estado. A montante, esta investida embate, quer o Governo queira, quer não o queira, em matérias de legalidade e legitimidade democrática. Um Governo que à revelia dos seus governados inverte tudo aquilo com que se comprometeu em acto eleitoral não goza de legalidade para continuar a exercer funções nem de legitimidade para continuar a representar os cidadãos portugueses.
No seguimento de toda esta fraude, o Presidente da República é obrigado a intervir. Sabemos que Cavaco Silva não é admirador das funções do cargo que ocupa (diria mesmo que se sente infeliz em tal posição), mas deve, como já referiu a outros propósitos, em situações extraordinárias tomar decisões extraordinárias! Este Governo não tem mais confiança política para governar o país e, no respeito pela CRP, não poderá continuar a comprometer a soberania e independência nacionais, os direitos e liberdades, o património cultural, a educação e a saúde. Temos direito à resistência. Temos direito a resistir contra este atentado às nossa garantias. Se não nos sentimos representados, representemo-nos por nós próprios e forcemos eleições! Todos na rua!