Primeiro descobriu-se que afinal Artur Batista (com p) da Silva na era consultor da ONU, mais propriamente do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), depois de duas mãos cheias de entrevistas, debates e conferências até bem interessantes, tendo austeridade como tema. Artur Baptista da Silva defendia que a austeridade não permite o crescimento económico e encaminha a população de uma dada comunidade para a pobreza.
Agora, soube-se através do jornal El Mundo que do lado de lá da fronteira, o espanhol Carlos Mulas Granados, participante no célebre Relatório do FMI, encomendado – literalmente -, pelo Governo de Vítor/Pedro/Paulo/Miguel (não sei bem qual é a ordem), talvez inspirado na obra de Fernando Pessoa, criou um pseudónimo – ou heterónimo, tornando Amy Martin uma extensão de si. Através dele, defendia em artigos, políticas orçamentais expansionistas como instrumentos de combate as crises financeiras, opostas à austeridade, que vem sendo aprofundada daquele e deste lado da fronteira.
Descoberto por uma mentira que obrigou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Paulo (só Paulo poderia descobrir uma história assim) a apurar se era mesmo verdade que o Brasil estaria disponível para comprar dívida portuguesa, dias a fio, Artur Baptista da Silva, proporcionou notícias cheias de incredulidades. Como conseguiu enganar tanta gente e tão experimentada!?
Não é que a defesa em artigos, conferências e debates por Artur Baptista da Silva, e diga-se, também Carlos Mulas Granados, de menos austeridade e propostas para o crescimento económicos fazia mesmo sentido!?