Mirando a cidade selva
De selvagens e humanos
Está a silhueta do lobo
Revelada às luzes da noite.
Mira e agita-se.
Reage por instinto
Às leis da injustiça
Dos selvagens na cidade selva.
Agita-se ofegante
Em angústia sibilina
Incapaz da contenção
Na reacção ancestral,
Confundida com sobrevivência,
Apurada pela vivência.
Agita-se e age.
Transbordando de força,
Incapaz de conter o uivo
Que ecoa e prolonga
Pela noite, até à cidade.
Sossegando a força,
Acalmando a alma.