Hoje, no Congresso Nacional do Partido Socialista, o meu direito à palavra foi coarctado. A discussão da Moção Global de Estratégia "Portugal Tem Futuro", apresentada por António José Seguro, foi condicionada. Segundo a Ordem de Trabalhos e o artigo 9º do Regimento do XIX Congresso Nacional do PS, a votação das moções globais só pode acontecer quando a sua discussão estiver terminada. Aquilo a que se assistiu foi o inverso. A uma distância de 78 intervenções do final da discussão, foi antecipada a sua votação através da consulta do congresso, sem qualquer justificação para além da abertura dos telejornais às 20h. Ou seja, no período em que eu teria a possiblidade de discutir a moção e contestar o vazio ideológico que impera, já a mesma estaria votada. Modus operandi ilegal! Perante este atropelo das regras, optei por não permanecer no recinto e amanhã, durante a sessão de encerramento, estarei por casa a recordar o discurso do Sérgio Sousa Pinto e a escrever-vos sobre o abandono programático e ideológico do Partido Socialista.