“País onde qualquer palerma diz,
A afastar do busílis o nariz:
- Não, não é para mim este país!”
«País Relativo», Alexandre O’neill.
Não quero saber se algum dos tipos que nos governam e dirigem, gostam pouco ou muito do país. Cada um pode fazer a sua leitura, e a minha não é feita a preto e branco, ou entre bons e maus. Lê-se nas entrelinhas.
Nas entrelinhas lê-se por vezes, que alguns desses tipos gostariam de ter outro país ou outro povo para o território que governam e dirigem, sobretudo quando estão importantes em cimeiras.
Temos o desemprego que vemos, a vida das pessoas está como está, e é facilmente observável sem lugar a enganos, e um desses tipos feito de madeira de bambu, que acarinha os outros tipos e tem nos seus poderes a auscultação de um importante órgão de legitimação da comunidade portuguesa, o Conselho de Estado, convocando-o com a seguinte ordem de trabalhos: “Perspectivas da Economia Portuguesa no Pós-Troika, no Quadro de uma União Económica e Monetária Efectiva e Aprofundada.” Para esses tipos o país presente não existe.