Vivemos cerca de duas décadas e meia em que os partidos socialistas, trabalhistas e sociais-democratas ocuparam amplamente o poder um pouco por todo o mundo, sobretudo o ocidental. Tratava e trata-se de uma social-democracia diversa da sua origem, mais flexível e permeável ao avanço dos mercados e interesses financeiros, e da sua permiscuidade com o poder. Estamos ainda no tempo da Terceira Via. Olhemos à nossa volta e vejamos onde isso nos trouxe. Não quero com isto dizer que foram estes os partidos e os seus dirigentes os responsáveis, já que repartem, muito bem divididas, essas responsabilidades com os outros partidos, sobretudo de matriz democrata-cristã. Isto se quiseremos falar de matrizes e ideologias, porque de facto, sobretudo as ideologias, foram largamente dispensadas.
Para se tornarem mais apelativos aos olhos, os partidos lá se foram vendendo, segundo as regras do bom marketimg. Novas ideias, nova imagem, e lá apareceu a rosa, a tornar tudo mais próximo e afectuoso, mais consensual. O punho, vai servindo para segurar a rosa. Não necessita de muito esforço, a leve rosa, rápido se tiram os espinhos, e se acomoda o esforço.