Está a ocorreu uma revolução no setor da Educação em Portugal, e o PS (na sua estrutura completa) não tem nada a dizer. Aquele que é porventura o principal pilar do modelo de sociedade a ser defendido pelo socialismo democrático, por ser fator efetivo de promoção da igualdade de oportunidades, com a criação de um setor educativo de elevada qualidade gerido pelo Estado, que permite encurtar a diferença entre ricos e pobres, é o mesmo setor a não ouvir uma palavra na sua defesa concreta, seja num discurso claro e contundente, seja em propostas e respostas claras e contundentes.
As mudanças que se estão a operar, pela mão do Governo PSD/CDS-PP, controlado por ideólogos e teólogos de estatura da pequenês de Crato, ao serviço dos interesses financeiros, económicos e de uma certa elite ignorante, vão da transferência de recursos financeiros do setor público para o privado, a limitação no recrutamento dos professores e obstáculos concretos ao bom ensino no setor público. Isto é ideologia e é uma estratégia deliberada. Sobre isto, não tem o PS uma palavra a dizer.
Ecoará por muitos anos a voz do fantasma Giddens na casa da família socialista, social-democrata e trabalhista europeia. No quarto português tem livre acesso.