A moção Libertar Portugal, construir o futuro subscrita pela Juventude Popular e apoiada por 5 secretários de Estado do CDS-PP, será certamente um importante contributo para a permanente mutação ideológica do CDS-PP, bem ao jeito do mutante líder Paulo Portas, outrora liberal-conservador nos tempos de Cavaco P.M., outrora popular (das feiras), outrora democrata-cristão dos novos tempos, provedor dos reformados, dos contribuintes e dos agricultores, o tudo isto e muito mais, de prontoário das ideologias sempre na mão, para sacar a que lhe der mais jeito, enquanto for necessário ter ideologia, já que o neo-liberalismo é para a Juventude Popular razão e forma de Estado e o anarco-capitalismo um termo engraçado.
Se tomarmos a moção por um voluntarismo infantil, das barbaridades daquela pouco há a dizer, e espero que não fiquem vestígios. Para memória futura ficam anotados a forma ardilosa e o suspiro ao falar do autoritarismo do Estado Novo, o Estado socialista no qual fiquei a saber que vivia, e me impôs o autoritarismo socialista, levando por exemplo a que a escolaridade se tornasse obrigatória até ao 12º ano, que está visto é coisa de merecimento dos ricos, e arma perigosa na mão de pobres, que podem a qualquer momento querer regressar ao Estado socialista e ao autoritarismo perigoso próprio das democracias.
Um dia acordamos e chegados à escola (de arquitetura evocativa do cinquentenário e obrigatória até à 4ª classe), fazemos o exercício físico matinal, com fim de sermos bons pais e mães de família.