Sexta-feira, 19 de Outubro de 2012
O banqueiro Fernando Ulrich defende que o Estado deve colocar empregados no seu banco e em outras grandes empresas enquanto recebem o respectivo subsídio de desemprego. O seu grande desejo é ter pessoas a trabalhar gratuitamente para si e a lucrar enquanto o Estado assume todos os custos. Depois avança: “Se ninguém negociar comigo nada, se ninguém me propuser nada, o caminho em que nós vamos é o de reduzir pessoas. E é isso que vamos continuar a fazer porque é isso que aumenta a rentabilidade do banco”.
Muito bem, este senhor vai despedir pessoas, acha que o Estado deve assumir o emprego no seu banco e, como se não bastasse, o seu banco foi recapitalizado pelo Estado.
Fica a pergunta: porque não propõe a nacionalização do BPI?
De
DD a 5 de Novembro de 2012 às 22:08
O Ulrich é esperto, quer escravos pagos pelo Estado, mas isso não é bem uma novidade na Europa.
A Alemanha pratica o sistema de meio emprego em que o patrão paga 50% do ordenado e o fundo de desemprego 40%, perdendo o trabalhador 10%. Muitos jornais alemães dizem que a maior parte desses trabalhadores não trabalham meio dia ou meia semana, mas sim o tempo todo, custando metade à empresa. Isso pratica-se muito em fábricas de máquinas industriais muito pequenas que não podem prescindir dos operários altamente especializados e assim conseguem vender as máquinas mais baratas num dumping proibido pela União Europeia. Claro, proibido para todos os países menos para a Alemanha.
De D. Dinis a 13 de Novembro de 2012 às 02:15
Mas uma coisa é certa, quem recebe prestações do Estado deveria fazer algum tipo de trabalho comunitário; temos muita mata para limpar - ou não se queixem dos fogos no verão. Este é um exemplo entre muitos...
Em parte o banqueiro tem razão, há que por as pessoas a fazer alguma coisa, não é só receber o dinheiro. Antes que me ataquem digo: trabalham as pessoas que estão em condições físicas para tal.
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