Nesta excelente reportagem realizada pelo Jornal Público, Conceição Matos e Domingos Abrantes contam-nos os detalhes de uma vida de amor, entrega, resistência, combate e perdão.
Nas celebrações dos 40 anos da Revolução dos Cravos, a memória histórica tenderá a ser recuperada e readquirida por nós. Este relato integrará, invariavelmente, essa liturgia narrativa de Abril que nos será exposta e da qual guardaremos saudade por não a termos vivido nós próprios. E não é apenas por um sentimento de ausência ou privação de determinadas vivências que aqui trago esta referência. Apercebi-me que um dos poucos ajustes de contas que o Governo não conseguirá levar a cabo é aquele que atenta contra o memorialismo. E reescrevê-lo, decerto uma intenção, não será fácil.
Vincent van Gogh, 1889.