Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Era um outro ar que se respirava pelo Porto à entrada desta histórica revolta. A repulsa monárquica, aliada ao carácter de combatividade desses velhos portuenses, conduziu à sublevação colectiva de um ideal. Um outro ar que materializado autorizava os portuenses a ser a voz do país e não o contrário.
Casta obsoleta a de revolucionário. É o que pensa a cavalgadura versada sob diminuta metafísica. Por isso não celebraremos uma revolta de 31 de Janeiro de 2014. E, mediante honrosa oportunidade, faremos acordo com a independente Inglaterra, integrada na Europa quando lhe convém, e negociaremos a propriedade de pequenos quintais nas colónias, nos quais possamos assentar a firmeza das nossas convicções, que é nenhuma, e semear as nossas vitórias com a terra suja das nossas derrotas.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Viva a Revolta de 31 de Janeiro de 1891!